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2012 - Livro Vermelho 2013

Trigynaea oblongifolia Schltdl. EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 15-05-2012

Criterio: B1ab(iii)

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie tem distribuição restrita (EOO=1.454,54 km²) e está sujeita a apenas três situações de ameaça, sendo a principal o declínio na qualidade do habitat nos Estados onde a espécie ocorre. É considerada rara e conta com pequenas subpopulações.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Trigynaea oblongifolia Schltdl.;

Família: Annonaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Trigynaea oblongifolia é simpátrica de T. axilliflora, com a qualpode ser confundida. T. oblongifolia pode ser distinta deste por ser maispubescente, pelas flores internodais que são, por vezes caulifloras em vez de numa posição aparentemente axilar em brotos novos de folhas, além depedicelos maiores e monocarpo não umbonado (Johnson; Murray 1995).

Dados populacionais

A espécie é considerada rara por Freitas (2010). Foiencontrado um indivíduo no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar,Ubatuba, SP (Rochelle et al., 2011). Segundo Lobão (Com. pess.) a espécie muito rara ocorrendo em pequenas subpopulações nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Distribuição

Ocorre nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro (Maas et al., 2012).

Ecologia

Arbusto ou árvore de 3 a 4 m de altura. Folhas cartáceas, oblongas aobovadas. Flores solitárias de coloração amarelo-esverdeada, com pétalasligeiramente carnosas (Johnson; Murray 1995). Floração em fevereiro, outubro e novembro e frutificação em fevereiro (Johnson;Murray 1995). Espécie considerada secundária tardia, possui dispersão zoocórica(Freitas, 2010). A espécie é restrita a floresta úmida em áreas do sudeste brasileiro a elevações de 600 a 1200 m de altitude (Johnson; Murray 1995). Espécie perene, terrícula, monoclina e polinização por cantarofilia (Lobão, com. pess.).

Ameaças

1.1.4 Livestock
Severidade high
Detalhes Nas últimas décadas, os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo foram influenciados pela agropecuária e por atividades industriais, principalmente a metalúrgica (Freitas, 2010).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência national
Severidade high
Detalhes O sudeste brasileiropossui a maior aglomeração populacional e complexo industrial, estes fatosresultam em uma intensa pressão nos recursos ambientais. No Estado do Rio deJaneiro, as regiões que mais sofrem pressão antrópica são as planícies do RioParaíba do Sul (Gomes et al., 2009). O Vale do Paraíba do Sul se estende até o Estado de São Paulo e essa região possui um histórico de devastação antrópicaassociado aos ciclos da cana-de-açúcar e café.

1.4.1 Industry
Severidade high
Detalhes Nas últimas décadas, os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo foram influenciados pela agropecuária e por atividades industriais, principalmente a metalúrgica (Freitas, 2010).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Criticamente ameaçada" (CR) pela lista vermelha daflora de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).

Referências

- GOMES, L.M.; REIS, R.B.; CRUZ, C.B.M. Análise da cobertura florestal da Mata Atlântica por município no Estado do Rio de Janeiro. , 2009.

- MAAS, P.; RAINER, H.; LOBÃO, A. Annonaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB110466>. Acesso em: 17/04/2012.

- MAAS, P.J.; KAMER, H.M.D.; JUNIKKA, L.; MELLO-SILVA, R.D.; RAINER, H. Annonaceae from Central-eastern Brazil. Rodriguésia, v. 52, n. 80, p. 65-98, 2001.

- JOHNSON, D.M.; MURRAY, N.A. Synopsis of the Tribe Bocageeae (Annonaceae), with Revisions of Cardiopetalum, Froesiodendron, Trigynaea, Bocagea, and Hornschuchia. Brittonia, v. 47, n. 3, p. 248-319, 1995.

- ROCHELLE, A.L.C.; CIELO-FILHO, R.; MARTINS, F.R. Florística e estrutura de um trecho de Floresta Ombrófila Densa Atlântica Submontana no Parque Estadual da Serra do Mar, em Ubatuba/SP, Brasil. Biota Neotrop., v. 11, n. 2, 2011.

- FREITAS, H. S. Caracterização florística e estrutural do componente arbóreo de três fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual da região leste do Vale do Paraíba ? SP. Dissertação de Mestrado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2010.

- CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL, MINAS GERAIS. Deliberação COPAM n. 85, de 21 de outubro de 1997. Aprova a lista das espécies ameaçadas de extinção da flora do Estado de Minas Gerais, Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, Diário do Executivo, Belo Horizonte, MG, 30 out. 1997, 1997.

- LOBÃO, A. Comunicação pessoal da especialista Adriana Lobão para a analista de dados Danielli Cristina Kutschenko, pesquisadora do CNCFlora.

Como citar

CNCFlora. Trigynaea oblongifolia in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Trigynaea oblongifolia>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 15/05/2012 - 14:44:59